15.2.07

"Jade Is Black?!": Racial Ambiguity in GamesTopic


Saturday, 10 February 2007

I'm digging through all the email that accumulated during DICE, and just found a news tip from a reader named Jason Ellis, who points out that he's got a list of black video game main characters going on his blog Microscopic. I'd already seen the list, because it was the subject of a little mini-controversy going on over at NeoGAF right now -- specifically over the fact that the poster girl of Ellis' piece is Jade, the main character of Beyond Good and Evil.
"Jade was black?""I always thought of Jade as an arab.""I always thought she was supposed to be of Eurasian descent.""I thought Jade was asian.""What? She don't look asian..more of a european for sure.""lol Jade is hispanic.""Jade looks a bit Greek to me.""I always figured she was Phillipino.""What??? Jade is clearly a latina!""I figured jade was at least half black but most likely fully blooded."
It's quite likely that the game's designers wanted Jade to be racially ambiguous, so that she would have just this effect. By which I do not mean "making people fight on message boards." I mean causing the player to see in Jade whatever they want to see, so as to better identify with her.
Jason Ellis is black, and he doesn't see Jade as being racially ambiguous -- he's quite sure that she is also black. I haven't spoken to any of the posters in the NeoGAF thread, but I wouldn't be shocked if a significant number of them saw themselves in Jade. Before this gets too sticky, let me say that this actually isn't a race issue at all. It's a subset of a widely held maxim about creating protagonists -- in any medium, but especially hand-crafted visual ones like comics, anime, and video games.
As Scott McCloud famously put it in his non-fiction comic-about-comics Understanding Comics, you want to design your main character to be as abstract as possible, if you want the reader to identify with him/her/it. If you add a whole lot of specific detail to your main character, you are just adding differences between him and the reader. To make the point, McCloud, who narrates Understanding Comics, draws himself in an abstracted manner. For one panel, he draws himself in ultra-realistic, heavily detailed style, asking the reader, "Would you be paying as much attention to me if I looked like this?"
The implication being, no.
So think about what that would mean if Jade was one hundred percent identifiably black, or Asian, or Greek. Again, this has little to nothing to do with racism. It's just as much to do with skin tone as it has to do with gender, hair color, eye color, height, weight, the size of a nose or the length of a fingernail.
It also has to do with voice, and what the character says. Note that while Jade isn't completely mute like Link from The Legend of Zelda, she never says anything particularly controversial or extensive -- it's the other characters in the game that do most of the talking, and have the strongest personalities.
The more details that define a character, the more you distance the player from it, and the less engaged the player becomes.

Ellis, a self-defined "activist", is writing this article to raise awareness; he speaks of the lack of black characters in video games as a problem that needs to be solved. "A friend in the game industry suggested that one reason is that there are very nearly zero black folks making games. That needs to change because, frankly, I'm pretty damn sure there are a good deal more than zero black folks playing games."
I imagine that more black protagonists have been suggested, but ultimately vetoed, for game projects for the very reasons that I'm talking about here -- that designers and marketers might worry that the (predominantly nonblack) video game audience might not buy a game with a black main character. The evidence doesn't really suggest that this is true, however -- look at the success of Grand Theft Auto San Andreas. And even though they're not very good games, I wouldn't faint from shock if I heard that most buyers of Shaq Fu and Michael Jordan's Chaos in the Windy City were suburbian white kids. I just don't think it's that big of a deal.
All this is to say that I think Ellis, even if he didn't realize it at the time, has suggested a very intriguing solution: video game protagonists whose race is so ambiguously defined that everyone, be they black, white, Filipino, or Greek, automatically, without even considering otherwise, comes up with their own answer.

2.2.07

SEQUÊNCIA TRÊS: BATISMO DE FOGO

EXT-NOITE (CHUVOSA)- RUA DO CENTRO

DUAS bonitas PUTAS, com idades entre 22 e 28 anos, conversam animadas numa esquina. A chuva faz com que elas se protejam sob a marquise de um prédio.
Um carro se aproxima, encosta no meio-fio e TIDE, 28 anos, ruivo, acena para elas.
Sentado atrás no carro, ADALBERTO, 36 anos moreno atarracado. Na mesma calçada, vindo da direção oposta, VIRA, 28 anos, pardo, vê quando TIDE e ADALBERTO disparam contra as DUAS PUTINHAS, que caem para trás fulminadas. Eles jogam cartões pela janela.

CLOSE NOS CARTÕES ONDE SE LÊ “SANEAMENTO BÁSICO”

ÂNGULO INVERTIDO DE DENTRO DO CARRO.

O VIRA da calçada encara ADALBERTO e TIDE.

TIDE
Ih, olha lá!

ADALBERTO
Faz logo um strike!

O carro sobe numa guia baixa na entrada de um edifício para atropelar VIRA.
VIRA
Caralho !

O VIRA corre pra perto de um poste com a base coberta por latões de lixo. Levanta um latão e arremessa com força, quebrando o pára-brisa do carro.
VIRA salta pro lado, o carro derrapa sob a chuva forte e se choca contra o poste.
TIDE, espremido pelo air -bag, tenta se soltar do cinto de segurança, com um monte de lixo no colo.
A porta detrás se abre e ADALBERTO, com uma carabina de fogo central de cano curto, salta pronto pra disparar contra VIRA, que joga um saco de lixo sobre ele, fazendo-o desviar a arma.
No lixo espalhado, VIRA pega um cabo de vassoura e uma lâmpada tubular de neon. Depois, ataca de baixo pra cima, acertando o ante-braço do ADALBERTO com o cabo de vassoura, fazendo com que ele dispare `a esmo sua cartucheira.
Na seqüencia, VIRA golpeia com a mão esquerda, arrebentando a lâmpada na cara do ADALBERTO e, torcendo o punho pra facilitar a perfuração, enterra o tôco do tubo de neon em seu pescoço.
ADALBERTO larga a espingarda tentando conter o jorro de sangue.
Atrás do VIRA, TIDE consegue sair do carro e dispara com uma pistola baixo calibre (7.65mm), atingindo-o de raspão no ombro esquerdo.
VIRA salta e se vira golpeando com o cabo de vassoura num corte horizontal que atinge TIDE no olho direito.
Em seguida, já bem próximo de TIDE, ele quebra o cabo de vassoura no joelho e, segurando uma metade pontiaguda em cada mão, enfia-as com força por baixo de suas costelas, abrindo-as com violência. O sangue espirra no peito do VIRA.
VIRA sai correndo, dobra por duas, três quadras, pula um tapume, e cai numa construção abandonada ao lado e um trator adormecido.
O sangue escorre de seu ferimento e cai sobre a terra molhada.

VIRA
Atotô, Omulú !


SFX- Ao longe, uma SIRENE.

Sequência da história "Pé na Estrada", distribuida no Carandiru nos anos 90.





30.1.07

Quadrinho nacional invade a internet

O dia do quadrinho nacional, comemorado hoje, é uma boa data para reavaliar a produção brasileira. Uma mudança é visível: a internet, e não mais o papel, tem sido o principal suporte difusor de histórias e de novos artistas. A tendência ocorre tanto em blogs e fotoblogs individuais como em sites que funcionam como portais de quadrinhos.

O "Nona Arte" é um dos mais conhecidos. E premiados. Venceu no ano passado o HQ Mix na categoria melhor site de quadrinhos. Entrou no ar em setembro de 2000 com um par de histórias, com três páginas cada uma. Hoje, tem 450 histórias em quadrinhos disponíveis para download gratuito.

"A resposta foi muito melhor do que eu esperava", diz por -e-mail André Diniz, escritor e um dos responsáveis pela página virtual. "Isso me animou a ir colocando novas histórias em quadrinhos. Fora que muitos autores passaram também a oferecer seus trabalhos."

Dinis -autor de "Fawcett" e da série "Subversivos"- vê na internet uma espécie de grande janela para os autores nacionais serem mais conhecidos. "Não acho que seja o caminho, mas um caminho é, sem dúvida. É um meio fabuloso de atingirem-se milhares de leitores em potencial, sem investimentos ou com investimentos mínimos."

Ele tem um número que dá uma boa idéia do alcance do mundo virtual. As edições impressas de quadrinhos dele tiveram cerca de duas mil cópias e o deixaram no vermelho. "E isso porque venderam bem, ganharam prêmio e tudo o mais", reforça ele, que mora em Petrópolis, no Rio de Janeiro. As mesmas histórias na internet tiveram 50 mil downloads, e a um custo bem mais baixo.

http://blogdosquadrinhos.blog.uol.com.br/arch2007-01-01_2007-01-31.html

23.1.07

O Vira-Lata Por Paulo Garfunkel

Em 92, encontrei o dr. Drauzio.Ele me falou que tinha lido o “Vira-Lata” ( uma história em quadrinhos com ilustrações do Libero Malavoglia e roteiro meu que saiu nas bancas em 91), que tinha gostado da linguagem e me propôs que ela poderia ser utilizada num trabalho de prevenção à Aids que vinha desenvolvendo no Carandiru. Adaptamos o gibi assimilando os códigos ético, estético e moral dos detentos e, num contexto de erotismo e ação, a mensagem profilática foi passada de maneira marcante evitando um tom excessivamente didático. Sempre com a supervisão científica do dr. Drauzio.O Vira-Lata hoje está na oitava aventura. Desta vez, ambientada no alto Rio Negro retratando algumas histórias que ouvi nas ocasiões em que tive a sorte de acompanhar o dr. Drauzio e equipe nas expedições que originaram o livro “As Florestas do Rio Negro”.

http://drauziovarella.ig.com.br/rionegro/viralata.asp

Vestígios do Carandiru

Exposição de fotos é resultado das visitas de Ricardo Hantzschel à Casa de Detenção de SP


O fotógrafo Ricardo Hantzschel abre dia 15 de janeiro a exposição Vestígios, na Galeria do Conjunto Nacional, em São Paulo. Estarão expostos 25 trabalhos e dois textos realizados em dez visitas à extinta Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru), de setembro de 2001 a janeiro de 2002.

As imagens resultantes foram ampliadas em papel fotográfico à base de fibra e reveladas seletivamente com pincéis, passando a sensação de desintegração pelas bordas. Além disso, como entendeu que a imagem fotográfica não era suficiente para representar o universo prisional como ele o via, Hantzchel incorporou às fotos molduras artesanais de madeira e ferro, cartas, recortes, tecidos, referências religiosas e objetos de uso pessoal, todos coletados nas celas ou escombros da implosão.

Os trabalhos foram realizados em duas etapas: na primeira, foram feitas dez visitas fotográficas ao Carandiru, de setembro de 2001 a janeiro de 2002. Na seqüência, foram construídas e elaboradas as molduras, processo finalizado em setembro de 2004.

“Voltei ao Carandiru mais quatro vezes antes da implosão para registrar os pavilhões nove e cinco, mas não pude mais voltar ao oito que começou a ser demolido primeiro”, relata o fotógrafo no texto de apresentação. A experiência de ter sido “esquecido” numa tarde dentro daquele pavilhão o marcou bastante. Foi no dia 10 de setembro de 2001. “A sensação de estar trancado naquele prédio de cheiro acre, repleto de tragédias humanas e ao cair da noite, me acordou de um transe iniciado quatro horas antes, quando entrei na primeira das 400 celas do pavilhão oito”. Por sorte, Hantzschel não havia entregado seu celular ao carcereiro e pôde ligar para a assessoria de imprensa responsável pelo sistema prisional, que em 40 minutos providenciou sua soltura, “entre risos e piadas”.

Vestígios do Carandiru fica em cartaz até 15 de fevereiro, no térreo da Galeria do Conjunto Nacional (Avenida Paulista, 2073), com visitação gratuita de segunda a sexta, das 10 às 21 horas e nos domingos das 12 às 21 horas. Informações: (11) 3179-0656.


http://photos.uol.com.br/materia.asp?id_materia=4487

Aos 15 anos, “Vira-Lata” vai para a telona.

O Vira-Lata, o mais brasileiro dos heróis de histórias em quadrinhos, criado há 15 anos por Paulo Garfunkel e Líbero Malavoglia, prepara-se para voltar à ativa. O personagem, que virou cult entre os admiradores de HQ e fez sucesso entre os detentos do extinto Carandiru graças ao trabalho do Dr. Drauzio Varella, vai virar protagonista de filme pelas mãos da Academia de Filmes. Com direção de Alex Miranda e produção executiva de João Pedro de Albuquerque, a produtora vai levar para a telona toda a ginga deste homem do povo, símbolo da miscigenação, criado nas ruas, que traz a sexualidade à flor da pele e é um verdadeiro “cachorro com alma de gato”.
Durante anos, Varella usou as edições da revista para respaldar o trabalho que fazia na penitenciária, já que, apesar de possuir o “superpoder” de conquistar a mulher que quisesse, Vira-Lata sempre teve a camisinha como companhia constante em suas aventuras e incursões pelo submundo. No longa, as cenas de ação serão coreografadas e a trilha sonora terá papel fundamental, recebendo atenção especial da produção, como não poderia deixar de ser em um filme com a participação de Garfunkel, conhecido letrista e músico. O roteiro está já no forno.